“o vermelho de van gogh”
25 julho, 2010 at 1:53 pm farailda 7 comentários
teu amarelo, van gogh, é o espelho
do que corrói o peito em ânsia pura.
teu amarelo, van gogh, é meu vermelho
purpura o sangue e ainda me purpura.
teu amarelo, na noite, está esguelho
solto de corvos estrelados, noite.
teu amarelo, van gogh, é meu vermelho
purpura o sangue e a minha carne. foi-te
da agonia o antro. com um tiro
de amarelo e trigo em tua carcaça
por meu vermelho me resvalo e miro
o peito torto, feito de desgraça.
Entry filed under: Uncategorized.
7 Comentários Add your own
Deixe um comentário
Trackback this post | Subscribe to the comments via RSS Feed
1. Pedro Ramúcio | 26 julho, 2010 às 12:44 pm
Romério,
Van gogh teria em ouro preto mil azuis para repintar, poeta. Tu a tens para dela nos brindar com toda tua poesia multidor, amigo de tesoiros e lastros.
Por isso aqui embasbaco amiúde.
Abraço mineiro,
Pedro Ramúcio.
2. Mirze Souza | 26 julho, 2010 às 2:50 pm
Belíssimo, Romério!
Se vivo fosse, Van iria gostar deste diálogo-poema bailando por entre as cores.
Quando o amarelo se faz vermelho, que “purpura o sangue e ainda me purpura”. é o sangue das cores quentes que despertam.
Beijos
Mirze
3. Marcelo Sguassábia | 26 julho, 2010 às 8:25 pm
Maravilha seu blog, Romério. Belos poemas. Obrigado pela visita lá no eptv.com. Abraços.
4. Roberta | 1 agosto, 2010 às 4:23 pm
por meu vermelho me resvalo e miro.
5. Olhos de sarue | 17 agosto, 2010 às 12:57 am
Ollá meu mais novo amigo poeta. Vim ver um cadinho mais de poesia. Encontrei poesia e calor. Palavras e sentidos arranjados, como as cores no quadro de Van Gogh
6. francisco.latorre | 11 outubro, 2010 às 3:33 pm
belíssimo.
..
7. Dirce Veloso | 24 setembro, 2014 às 2:35 pm
Romério Rômulo Campos Valadares! Gosto muito de sua página no facebook! Um grande abraço!