só o tempo desliza

25 maio, 2009 at 3:24 pm 16 comentários

sou fátuo, de passagem, companheiro,
com doce riso a assobiar maçãs.
corpo assombrado de imagens, umas bielas
tardias que se fazem soltas.

se o corpo é redemunho, o que me assola a alma?
se o corpo é um dentro, o que trará?

posso regar a noite de auroras.

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verbo em alavanca abertura, 1 *

16 Comentários Add your own

  • 1. Janaina Amado  |  25 maio, 2009 às 10:42 pm

    “Posso regar a alma de auroras.” Lindo, Romério!

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  • 2. nina rizzi  |  26 maio, 2009 às 1:32 pm

    tempo… pano de fundo de nossas comédias-vidas.

    algumas, no entanto, me parecem mais poéticas.
    poesia todo dia,
    nada mais deseja-ria…

    esses primos versos tem o gosto da fruta
    pronta pra se morder
    e dane-se se tem casca.

    beijo.

    Responder
  • 3. Beta  |  26 maio, 2009 às 6:19 pm

    Trabalho de artesão, poeta. Lindo, lindo. Com doce riso, assobio maçãs por aqui também. Essa magia de noites em auroras é o que o de dentro do corpo traz, mergulhado na matéria insensata – e incensada – do poema. Um bjo,

    Responder
  • 4. Yvy  |  27 maio, 2009 às 10:38 am

    “só o tempo desliza”

    e tu, silencio…
    não concordas
    nem discordas
    por que ?

    Abrs!

    Responder
  • 5. meg  |  29 maio, 2009 às 1:10 pm

    Romério,

    se o corpo é redemunho, o que me assola a alma?
    se o corpo é um dentro, o que trará?

    estas são inquietações que perseguem os Poetas de verdade!
    Como tu…

    Beijo

    meg

    Responder
  • 6. Bipede-Implume  |  29 maio, 2009 às 9:03 pm

    Um poeta é também um mágico: “Posso regar a noite de auroras”
    E que lindas devem ser essas noites.
    Beijos
    Isabel

    Responder
  • 7. Betty  |  1 junho, 2009 às 2:54 pm

    .___________querido Romério

    é

    sempre

    uma______________plenitude

    ler

    sentir_________os significados~

    .das tuas palavras_______________…

    _________________________///

    beijO____ternO
    bSemana

    Responder
  • 8. Mirse Maria  |  2 junho, 2009 às 12:58 pm

    “se o corpo é redemunho, o que me assola a alma?
    se o corpo é um dentro, o que trará?…”

    Essas inquietações , acredito que nem o deslizar do tempo aplaca.

    Lindíssimo, Romério!

    Parabéns, poeta!

    Abraços

    Mirse

    Responder
  • 9. Cely cavalcanti  |  5 junho, 2009 às 1:49 pm

    Nobre poeta Romério,

    Tua inspiração é repleta de lirismo…
    Faz despertar a essência das letrinhas que, bailam alegremente ao som das tuas mãos, enquanto tua inspiração é descrita…
    Anteriormente na tua mente.
    Ou seja, no meu pensar eu senti assim…
    Tu escreves o que realmente faz acordar a tua alma poética.
    Eu fiquei realmente encantada com sua inspiração…
    Em outras palavras, tua mente acende a luz de cada palavra…
    E assim, tu presenteias ao mundo das letras tua notória sensibilidade poética.
    Parabéns e aplausos!
    Pra você minha reverencia poética.
    Deus abençoe você.
    Beijos de poesias perfumados…
    Com apreço e carinho,
    Cely, Amiga e fã da tua brilhante inspiração…

    Muito obrigada!

    Responder
  • 10. Janaina Amado  |  9 junho, 2009 às 5:15 pm

    Romério, faz tempo que vc. não reaparece! A Renata andou me contando das ameaças não concretizadas de um certo poeta nu rs rs

    Responder
  • 11. victorcolonna  |  10 junho, 2009 às 11:21 am

    Romério,
    Parabéns pelos poemas. Belo blog o seu. Sou poeta e cronista e criei um blog para divulgar meus trabalhos. Linkei teu blog lá! Se puder dê uma olhada: http://www.deitandooverbo.wordpress.com
    Seguem aí dois poemas. Grande abraço!

    SUJEITO OCULTO (Victor Colonna)

    O problema são as conjunções desconjuntadas
    As interjeições rejeitadas
    Os adjetivos desajeitados
    Os substantivos sem substância
    As relações de deselegância entre as palavras.

    É preciso superar o superlativo:
    O absoluto sintético
    E o analítico.
    Achar o verso
    Entre o verbo epilético
    E o pronome sifilítico.

    Falta definir o artigo inoxidável
    O numeral incontável, impagável.

    Resta procurar o objeto direto
    Situar o particípio passado
    E o pretérito mais-que-perfeito

    Desvendar a rima
    Desnudar a palavra
    Encontrar o predicado
    E revelar o sujeito.

    CURTO-CIRCUITO (Victor Colonna)

    De repente eu paro e olho: é ele!
    E desengato marcha-a-ré crescente
    Meu rosto fica roxo, vermelho
    E desamarra-se o elo da corrente.

    Curto-circuito, incêndio, tragédia!
    E meu cabelo arrepiado espeta
    E meu pulso desencapado te choca
    E meu corpo endiabrado, capeta.

    E meu peito pega fogo: vida
    Um calor que se desprende e solta
    Amor é caminho longo: é ida
    É só ida. Não tem volta.

    Responder
  • 12. adriano nunes  |  13 junho, 2009 às 12:45 pm

    Romério,

    Lembra de um poema seu que eu disse que era uma obra-prima? Não me lembro bem do nome dele e onde ele se encontra em seus arquivos. Quero postá-lo em meu blog, se você permitir! Espero a sua resposta e o poema que não encontrei!

    Abraço forte!
    Adriano Nunes.

    Responder
  • 13. vieira calado  |  13 junho, 2009 às 11:04 pm

    Compartilho a opinião de outros comentaristas.
    Belo pequeno poema!

    Um abraço

    Responder
  • 14. pedro  |  15 junho, 2009 às 12:35 pm

    Belo poema mesmo… “umas bielas soltas…”
    me inspirou um tratado de poesia que eu não vou escrever: “A imaginação poética como parafuso solto: amor, pistões, bronzinas e buchas”. Eu lia, quando era criança, a placa de uma oficina mecânica ao lado de casa e ficava fascinado pelas palavras “pistões, bronzinas e buchas”. Priscas manifestações da minha veia poética.

    Enfim, evoé! lindo poema.

    Pedrin Lobato

    Responder
  • 15. Bipede-Implume  |  15 junho, 2009 às 9:23 pm

    Começo a acreditar nos milagres de Sto. António. Seja muito bem-vindo, caro poeta.
    Beijinhos.
    Isabel

    Responder
  • 16. Mariana  |  18 junho, 2009 às 8:37 am

    belíssimo, romério

    Responder

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