o objeto de mim

13 maio, 2009 at 3:13 pm 8 comentários

teu encanto é de pedra.
teu olho, a paridade do ovo.
teu caminho, o lastro do espaço.

se vieres, direi do teu instante,
pisarei teu reflexo como estado do corpo,
transporei a vila como são transpostos
as peles e os bichos.
e de ti, estado, farei o objeto de mim.

qualquer cão passado saberá deste ato.

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louco, cimentado * (intima, sua luz refrega substância.)

8 Comentários Add your own

  • 1. Moacy  |  13 maio, 2009 às 3:30 pm

    Um poema
    pedra e espaço
    reflexo e objeto:
    estesia bruta
    estesia pura.
    Um de seus grandes momentos
    em “Matéria bruta”.

    Um abraço.

    Responder
  • 2. Mirse Maria de Souza Albuqurque  |  13 maio, 2009 às 4:42 pm

    Romério,,
    Como me identifiquei com este trecho: “SE VIERES, DIREI TEU INSTANTE”.

    è proprio da grande sensibilidade que habita em poetas!

    Parabéns!

    Forte abraço

    Mirse

    Responder
  • 3. nina rizzi  |  13 maio, 2009 às 5:05 pm

    nem sempre as minhas vontades de chorar são sem motivos.

    poesia todo dia,
    que mais deseja-ria?

    eu estou como-vida…

    Responder
  • 4. Ana  |  13 maio, 2009 às 6:52 pm

    Uma vez mais a linguagem das imagens inertes/plenas de vida!
    bj

    Responder
  • 5. Yvy  |  14 maio, 2009 às 9:46 am

    teu encanto é canto
    teu olhar ilumina
    meu caminho
    se vieres, direi te quero
    e de ti, estado, farei anjo de mim.

    Romério,viajei no poema, escutanto “Speak Low”,Marisa Monte 🙂
    Posso?

    Abrs.

    Responder
  • 6. líria porto  |  15 maio, 2009 às 7:52 am

    “qualquer cão passado saberá deste ato.”

    nem precisava mais nada! obrigada pelo verso!
    besos

    Responder
  • 7. CRIS LIMA  |  21 maio, 2009 às 9:24 pm

    “QUALQUER CÃO PASSADO SABERÁ DESTE ATO”
    MEU PEITO FICA SEMPRE DILACERADO QUANDO POR AQUI DEIXO MEU CHORO…LINDO…TUDO,TUDO,TUDO!

    Responder
  • 8. Mirse Maria  |  2 junho, 2009 às 1:11 pm

    “E de ti estado, farei objeto de mim”

    O pressentir do verdadeiro amor!

    Belíssimo!

    Parabéns, poeta!

    Beijos

    Mirse

    Responder

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