meu cavalo selvagem, meu morcego

14 dezembro, 2008 at 7:21 pm 16 comentários

1.

meu cavalo selvagem, meu morcego
rebuscam o sertão atávico.
quando aquilante da noite,
revivo a árvore sem escrúpulos de mim.
os corpos nutrem espaços. vertem ossos
que quebram meu estado breve.
de emoção vou refazer meus gonzos.

2.

quisera o aço de quirera, a quirera de aço
que ruboriza a face:
um poema que nutra a vida de carne.
seja breve meu estro. seja ralo e breve,
como breves e ralas as palavras avançam
sobre o corpo do povo.
o ar é puro manejo. não há vento
que esconda meu grito.
(per augusto)

Entry filed under: Uncategorized.

(para affonso romano de sant’anna) (lhes atropelo a alma)

16 Comentários Add your own

  • 1. pavitra  |  14 dezembro, 2008 às 7:47 pm

    passei meus olhos no meio fio
    da lâmina das suas palavras!
    senti… e sentir é sempre muito.

    Responder
  • 2. Romério Rômulo  |  14 dezembro, 2008 às 7:55 pm

    pavitra:
    de fato,sentir é muito.e você fez poesia.
    romério

    Responder
  • 3. Fred Matos  |  14 dezembro, 2008 às 9:14 pm

    Um bom poema, Romério.
    Abraço-o

    Responder
  • 4. Romério Rômulo  |  14 dezembro, 2008 às 10:50 pm

    fred:
    muito obrigado.meu abraço.
    romério

    Responder
  • 5. Moacy Cirne  |  15 dezembro, 2008 às 9:55 am

    Um poema forte. E vibrante. Como forte e vibrante é a sua poesia.

    Responder
  • 6. Romério Rômulo  |  15 dezembro, 2008 às 10:07 am

    moacy:
    obrigado pela palavra.acabo de informar ao tião da presença do
    cdc aqui.
    romério

    Responder
  • 7. pavitra  |  15 dezembro, 2008 às 10:18 am

    ei, vc tá me deixando curiosa… rs

    Responder
  • 8. Romério Rômulo  |  15 dezembro, 2008 às 10:26 am

    pavitra:
    diga da curiosidade.
    romério

    Responder
  • 9. pavitra  |  15 dezembro, 2008 às 10:57 am

    cadê o cdc, que não vejo? rs

    Responder
  • 10. Romério Rômulo  |  15 dezembro, 2008 às 11:24 am

    pavitra:
    ele chegou aqui na sexta-feira.está ao meu lado.
    romério

    Responder
  • 11. Bipede-Implume  |  15 dezembro, 2008 às 10:59 pm

    Com o frio que estamos amargando em Lisboa, faz bem chegar ao calor desta emoção-sertão.
    Grande abraço.
    Isabel

    Responder
  • 12. Romério Rômulo  |  15 dezembro, 2008 às 11:07 pm

    isabel:
    o sertão tem o calor da emoção e o calor,brabo,do sertão.
    um abraço.
    romério

    Responder
  • 13. líria porto  |  17 dezembro, 2008 às 9:25 am

    eita! mineiro é assim mesmo – bom de verso!
    vim te ver – vinte vezes??? tantas quantas e até mais!
    ficarei freguesa, estás em favoritos!
    líria

    Responder
  • 14. Romério Rômulo  |  17 dezembro, 2008 às 10:01 am

    líria:
    a turma de minas tem uma embocadura de verso.venha sempre.
    obrigado pelos favoritos.
    romério

    Responder
  • 15. Mariana  |  20 dezembro, 2008 às 5:52 pm

    mais uma vez um assombro.
    lindo!!!

    Responder
  • 16. Romério Rômulo  |  20 dezembro, 2008 às 10:14 pm

    mariana:
    você conhece esses sertões,esses cavalos selvagens.
    romério

    Responder

Deixar mensagem para Romério Rômulo Cancelar resposta

Trackback this post  |  Subscribe to the comments via RSS Feed


Feeds

dezembro 2008
S T Q Q S S D
1234567
891011121314
15161718192021
22232425262728
293031  

RSS Fênix em Verso e Prosa

  • Ocorreu um erro. É provável que o feed esteja indisponível. Tente mais tarde.