Archive for 5 agosto, 2008
uma poesia carrega sempre outra
o texto é naufrágio e é silêncio.
quando da pedra salta-lhe uma cabra
seu dia contado vê-se rubro.
(como se nas ruas do tempo)
a serra dos seus corpos: chuva, pedra e vento.
seus pedaços podem brandir cascalhos e diamantes.
há rasgos de homens, nas baixadas,
que lhes carregam os corpos.
lambidos seus canteiros, sobra-lhes mistério.